História da Paróquia e dos Padroeiros

Padre João Boaventura Oiticica - 70 Anos de Vida

Aos 31 dias do mês de julho do ano de 1947, na Graça de nosso Senhor Jesus Cristo, nascia na Cidade de Valença-BA, uma criança; seus pais: Odorico Macário Oiticica e Francisca Boaventura Oiticica.  

Uma curiosidade de sua vida, é que se se chegarmos lá em sua Cidade e procurarmos por João ninguém o reconhecerá... possa ser que ninguém saiba quem é; mais se o procurarmos pelo seu apelido de infância: “Quinquinha”, ficará muito mais fácil, e acreditem, não apenas os amigos, mais também os  familiares o chamam assim.

O primeiro Seminário que frequentou foi na Cidade de Itambé, era um seminário de Padres Religiosos, logo em seguida foi para o Seminário da cidade de Tucano, para finalmente chegar ao Seminário da Arquidiocese de Salvador. Em sua vida religiosa de sacerdócio, foi Ordenado no dia 09 de junho de 1974, Pelo Saudoso Bispo Dom Valfredo Bernardo Tepe. Durante os seus 43 anos de Sacerdócio,  ele já esteve em muitas cidades anunciando o Reino de Deus, dentre elas: Coaraci (Paróquia Nossa Senhora de Lourdes), Ipiaú (Paróquia São José Operário), Ilhéus: (Paróquia São Jorge / Catedral Diocesana, Nossa Senhora Aparecida). Entre outras!

Em relação às Paróquias inclusive, ele mesmo diz  que não existe nenhuma em especial para ele.... Pois em todas elas sempre foi muito bem acolhido e bem recebido.

Uma de suas grandes saudades são seus amigos, alguns sacerdotes que foram seus companheiros de caminhada, outros que foram Ordenados com ele e que infelizmente já se foram, dentre eles: O Padre Abel Gemelli, falecido em 2006, aos 75 anos na cidade de Curitiba – PR, e que também era da Ordem Saletina.

Este Grupo de Missionários teve início no dia 01 de maio de 1852, o seu fundador foi o Bispo de Grenoble Dom Phillibert, e são conhecidos como: os Missionários de Nossa Senhora de Salette, desde o ano de 1963, estão na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, sua Cidade Natal. Hoje o Pároco é o Padre José Cristovam Moreira de Santana, (M.S) e tem a Colaboração dos Padres: Antônio Ginetto e Almir Urbano como Vigários Paroquiais. Segundo o Padre Cristovam, eles tiveram o primeiro contato na Cidade de Coaraci, onde o Padre João era Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes.

Em seus momentos de reflexão, o Padre João Oiticica, procura a analisar sempre os seus erros cometidos e também as suas fraquezas, sem esquecer os pontos fundamentais a que todo o ser humano deve ter: Amor, Compreensão e Perdão. Em vários momentos nas Celebrações em que preside, pede-nos sempre para rezemos por ele, algo que até mesmo o nosso Papa Francisco, também nos pede.

Em relação aos Bispos Dom Valfredo Tepe, aquele que o consagrou ao Presbiterado da nossa Diocese, e Dom Mauro que deu continuidade a sua Ordenação, assim ele os define: Dom Tepe e Dom Mauro... Os dois Pastores da nossa Diocese; Dom Tepe como Bispo, teve o seu trabalho específico, que foi um trabalho sobre tudo pelas vocações sacerdotais, aquele carinho e aquele amor muito grande pelo seminário e conclui... “Um bispo muito acolhedor”. 

Em relação a Dom Mauro ele começa dizendo assim: “E um paizão”; aquele que passa a mão pela nossa cabeça, aquele que tudo perdoa que tudo acolhe e que tem um trabalho de um verdadeiro pai para nós padres e para seus Diocesanos, também tem a sua marca muito profunda de trabalho e de acompanhamento. 

Também nos revelou que a sua cor favorita é o amarelo e como todo bom brasileiro que se preze na comida, não dispensa o tradicional feijão com arroz. E o seu cantor favorito, acreditem, gosta por demais das músicas de Roberto Carlos, principalmente as que falam de muito amor e muito carinho.

HISTÓRIA DA PARÓQUIA – A Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe, localizada no Bairro Alto da Boa Vista, antigo Pacheco, Zonal Centro Sul (hoje Forania Ilhéus Sul) da Diocese de Ilhéus na Cidade de Ilhéus, começou as suas atividades no ano de 1981, quando ainda era Bispo o nosso Saudoso e querido Dom Frei Valfredo Bernardo Tepe. O Bispo tinha tanto carinho por esta Comunidade que durante 12 anos contribuiu para estabelecer evangelização no Bairro que na época tinha o nome de Alto do Pacheco, juntamente com o Padre Alberto Krushevisk no período de 1981 à 1993. 

Os encontros para a Celebração Eucarística, normalmente eram realizados na casa de uma família muito Católica e que tinha juntamente com o Bispo e o Padre, o sonho de se construir uma Igreja no Bairro. A Família de Tia Berta, como era conhecida, contribuiu muito para a realização deste sonho.

Os outros Padres que atuaram antes de ser Paróquia foram os seguintes: Padre Bené - 1993 à 1995; Padre Evandro - 1995 à 1996; Padre Amário - 1996 à 1997; Padre Adauto - 1997 à 1998; Padre Gilberto Antônio dos Reis - Padre Gil - 1998 à 2000; Pe. Xavier - 2001 a 2003. Hoje os Limites Geográficos da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, são os seguintes: ao Norte – Paróquia Santa Rita de Cássia, Conquista; ao Sul – Paróquia São Jorge, Centro; ao Oeste –Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Malhado; e ao Leste – Oceano Atlântico.

Já em 2001, na Condição de Quase-Paróquia, veio prestar os seus serviços nesta Comunidade, o Padre Xavier que ficou até o ano de 2003, A Quase-Paróquia, tinha um terreno vasto para atuar, inclusive tendo as Comunidades Nossa Senhora das Vitórias, do Hospital São José, Capela da Piedade (Alto Teresópolis) e São Tiago (Alto da Tapera Velha); hoje, as três Primeiras, fazem parte da Paróquia São Jorge, mas tivemos a alegria de receber de Presente nestes 20 anos e ter de volta a Comunidade São Tiago, depois de muito tempo e também é claro, a Comunidade Nossa Senhora de Fátima na Cidade Nova, formando o Tripé Perfeito de Nossa Paróquia.

Finalmente, chegou o Grande dia da Criação da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, quando o Bispo Dom Mauro Montagnoli, juntamente com o Padre da época, Edvaldo Oliveira, concluíram o ato de Ereção a Paróquia, que foi no dia 16 de dezembro de 2003, aquela terça-feira a noite foi um dia de Festa e muita Alegria para o Padre, o Bispo e principalmente todos os Fiéis, que ali estiveram presentes, naquele momento tão marcante e histórico, acreditamos que provavelmente na Igreja não coube a grande quantidade de pessoas que compareceram naquela grande Festa de Fé, pois compareceram Fiéis e Padres da nossa Diocese, especialmente das Paróquias dos(as) Zonais (Foranias): Centro Norte (Ilhéus Norte)  e Centro Sul (Ilhéus Sul).

A partir daí, tivemos a presença de vários outros Padres que fizeram parte destes 13 anos de Evangelização, foram eles: O Padre Edvaldo Oliveira - 2003 à 2005; Padre Juarez - 2005 à 2007; Padre Gilberto Antônio dos Reis (Padre Gil) -2007 – 2014; Padre João Boaventura Oiticica 2014 - 2020; Padre Antônio Marcos Batista 2020 a 2023, até chegarmos ao nosso Pároco atual o Padre Nilton Conceição que tomou posse no dia 31 de janeiro de 2023.

Queremos aqui lembrar também a participação de todos os Fiéis que de forma direta ou indireta, colaboraram na Construção desta Igreja, dentre eles destacamos Vicente e Ludival (fotógrafo) que batalharam muito para que hoje estivéssemos com uma Igreja muito bonita. Não podemos esquecer também dos Catequistas que estiveram aqui e nossas Crianças.

O grande desafio da Paróquia para as Comemorações do seu Jubileu de Cristal (15 anos de Ereção a Paróquia), que será comemorado daqui há dois anos (2018), será a Construção da Casa Paroquial ao lado da Igreja Matriz, um Projeto será do Arquiteto Luiz Henrique e que contará com o apoio de mais outras pessoas da Comunidade.

Portanto, No dia 16 de dezembro de 2023, que este ano cairá num dia de sábado, estaremos então completando e comemorando 20 anos de Atuação Evangelizadora no Alto da Boa Vista em Ilhéus, sobe os olhos e a Proteção da Padroeira da América Latina, e a Intercessão do Índio San Juan Diego, o Anunciador da Virgem Santíssima, que aqui recebe o Título de Nossa Senhora de Guadalupe. 

Informações: Cúria Diocesana, Dom Mauro Montagnoli, Site da Diocese de Ilhéus (http://www.diocesedeilheusba.com.br) e Fiéis da Igreja Matriz no Alto da Boa Vista.

Criação e Edição do Texto: PASCOM – Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe no Alto da Boa Vista em Ilhéus.

Nosso Futuro Pároco - Tomará Posse no dia 30 de Janeiro de 2024

PADROEIRA TITULAR: Nossa Senhora de Guadalupe

DATA DA INSTITUIÇÃO CANÔNICA: 16 de dezembro de 2003

LIMITES:

a) Norte – Paróquia Santa Rita de Cássia, Conquista

b) Sul – Paróquia São Jorge, Centro

c) Oeste – Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Malhado

d ) Leste – Oceano Atlântico

COMUNIDADES (Urbana)

Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Cidade Nova

Comunidade São Thiago Maior - Alto da Tapera

RELAÇÃO DOS PADRES QUE SERVIRAM À COMUNIDADE ANTES DE SER PARÓQUIA

Padre Alberto Krushevisk e Dom Valfredo Bernardo Tepe - 1981 à 1993

Padre Bené - 1993 à 1995

Padre Evandro - 1995 à 1996

Padre Amário - 1996 à 1997

Padre Adauto - 1997 à 1998

Padre Gilberto Antônio dos Reis - Padre Gil - 1998 à 2000

Pe. Xavier - 2001 a 2003


RELAÇÃO DOS PADRES APÓS SER PARÓQUIA

Padre Edvaldo Oliveira - 2003 à 2005

Padre Juarez - 2005 à 2007

Padre Gilberto Antônio dos Reis (Padre Gil) 2007 a 2013

Padre João Oiticica - 2014 - 2020 (In Memoriam)

Padre Marcos Batista - 2020 - 2023

Padre Nilton Conceição - 2023 - 2024

Padre Gilvan Ivo - Tomará Posse no dia 30 de Janeiro de 2024

Nossa Senhora de Guadalupe

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto já existe há mais de quatro séculos e meio



Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).

Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…”

O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

San Juan Diego

Juan Diego era um índio asteca nascido em 1474 na atual Cidade do México. Era pobre e dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa. Atraído pela doutrina dos padres franciscanos, converteu-se e foi batizado. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a catorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo.

Juan Diego ficou viúvo e então passou a dedicar-se ainda mais a religião. Um dia, voltando da igreja, no dia 09 de dezembro de 1531, o jovem índio presenciou a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, que o chamou em sua língua nativa, dizendo: "Joãozinho meu queridinho". A Virgem pediu a Juan que procurasse o bispo e pedisse que fosse construída uma Igreja naquele local. O Bispo, incrédulo, pediu provas concretas da aparição.

Na terça feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade, quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida pediu que ele colhesse flores. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores. Ela disse que as entregasse ao Bispo como prova da aparição. Diante do Bispo ele abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.

Juan Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.