sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

CONHEÇA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024, CUJO TEMA É: “FRATERNIDADE E AMIZADE SOCIAL


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta terça-feira, 25 de julho, o cartaz e a oração da Campanha da Fraternidade 2024. Inspirada na Encíclica do Papa Francisco, Fratelli Tutti, a Campanha da Fraternidade (CF) de 2024 tem como tema: “Fraternidade e Amizade Social” e o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt. 23, 8). Este tema e lema foram escolhidos pelo Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em novembro de 2022.

De acordo com o bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, o tema e o lema da Campanha da Fraternidade 2024 refletem a preocupação do episcopado brasileiro em aprofundar a fraternidade como contraponto ao processo de divisão, ódio, guerras e indiferença que tem marcado a sociedade brasileira e o mundo.

A Campanha da Fraternidade, dentro do caminho penitencial da Igreja, propõe também durante a Quaresma do próximo ano, um convite de conversão à amizade social e ao reconhecimento da vontade de Deus de que todos sejam irmãos e irmãs.

Elementos do Cartaz


O cartaz, criado pelos jovens de Brasília (DF) Samuel Sales e Wanderley Santana, apresenta o cenário da comunidade como uma casa, espaço onde acolhe-se os irmãos e irmãs para a partilha do alimento e da vida.

A mesa, ao redor da qual todos se encontram – indígenas, negros, brancos, homens, mulheres, gestante, crianças, jovens, cadeirante, adultos e idosos – remete ao sacramento da amizade de Deus com a humanidade.

O símbolo maior da comunidade é a celebração da fé ao redor de uma mesa, com pão, vinho e fraternidade. Os alimentos na mesa, típicos da dieta mediterrânica, recordam as refeições de Jesus. As janelas apontam uma casa aberta aos desafios do mundo e da realidade.

No meio da cena está o Papa Francisco, com sua bengala. Esta imagem expressa aquele que assume suas limitações e propõe ao mundo a amizade social por meio de sua Encíclica Fratelli Tutti. Ele mostra que é um caminho necessário para garantir a boa convivência e a subsistência de todos os seres humanos.

O Santo Padre usa a cruz de dom Helder Câmara, que participou da fundação da CNBB em 1952, no Rio de Janeiro, sendo o primeiro secretário-geral da Conferência. Esta imagem recorda as semelhanças entre estes dois grandes homens de fé, que tanto colaboraram e colaboram com a história da CNBB e da Igreja no Brasil e no Mundo.

O cartaz convida também ao gesto concreto da Campanha da Fraternidade: a doação à Coleta Nacional da Solidariedade que acontecerá no dia 24 de março de 2024, Domingo de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. A coleta fortalece os Fundos Diocesanos e Nacional de Solidariedade, que colaboram com centenas de projetos sociais por todo o Brasil, sempre ligados ao tema da CF de cada ano.

60 anos das Campanhas da Fraternidade

A cruz de dom Helder é também uma recordação para marcar os 60 anos da Campanha da Fraternidade, celebrada nacionalmente pela primeira vez em 1964. A Campanha da Fraternidade foi criada por dom Eugênio Sales, na época Arcebispo da arquidiocese de Natal (RN). E teve com dom Helder, então secretário-geral da CNBB, o grande esforço pastoral em torná-la nacional, sendo assumida por toda Igreja no Brasil.

O coordenador do Setor de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul, enfatiza que desde 1964, portanto há 60 anos, a CF vem mobilizando todo o Brasil num verdadeiro mutirão de evangelização e de conversão.

“Todos nós temos alguma memória agradecida desses 60 anos: um cartaz, a letra ou a música de um hino, uma oração, um parágrafo de um texto-base, uma experiência vivida numa campanha que mexeu conosco e nos ajudou a crescer na fé e no seguimento de Jesus”, relembra.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O Papa: Que o Homem não se Torne Alimento Para os Algoritmos


A mensagem de Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais é dedicada ao tema da Inteligência Artificial e a sabedoria do coração. Segundo o Pontífice, "apenas recuperando uma sabedoria do coração é que poderemos ler e interpretar a novidade do nosso tempo e descobrir o caminho para uma comunicação plenamente humana".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Foi divulgada, nesta quarta-feira (24/01/2024), a mensagem do Papa Francisco para o 58° Dia Mundial das Comunicações Sociais intitulada "Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana" que será celebrado no domingo 12 de maio próximo.

Francisco inicia o texto, ressaltando que "a rápida difusão de maravilhosas invenções, cujo funcionamento e potencialidades são indecifráveis para a maior parte de nós, suscita um espanto que oscila entre entusiasmo e desorientação e põe-nos inevitavelmente diante de questões fundamentais: O que é então o homem, qual é a sua especificidade e qual será o futuro desta nossa espécie chamada homo sapiens na era das inteligências artificiais? Como podemos permanecer plenamente humanos e orientar para o bem a mudança cultural em curso?"
A sabedoria que dá gosto à vida

"Neste tempo que corre o risco de ser rico em técnica e pobre em humanidade, a nossa reflexão só pode partir do coração humano", escreve ainda o Pontífice. "Somente dotando-nos de um olhar espiritual, apenas recuperando uma sabedoria do coração é que poderemos ler e interpretar a novidade do nosso tempo e descobrir o caminho para uma comunicação plenamente humana", ressalta.

Segundo o Papa, "a sabedoria do coração é a virtude que nos permite combinar o todo com as partes, as decisões com as suas consequências, as grandezas com as fragilidades, o passado com o futuro, o eu com o nós".

Esta sabedoria do coração "é um dom do Espírito Santo, que permite ver as coisas com os olhos de Deus, compreender as interligações, as situações, os acontecimentos e descobrir o seu sentido. Sem esta sabedoria, a existência torna-se insípida, pois é precisamente a sabedoria que dá gosto à vida: a sua raiz latina sapere associa-a ao sabor".
Cada coisa nas mãos do homem torna-se oportunidade ou perigo

De acordo com Francisco, "não podemos esperar esta sabedoria das máquinas. Embora o termo inteligência artificial já tenha suplantado o termo mais correto utilizado na literatura científica de machine learning (aprendizagem automática), o próprio uso da palavra «inteligência» é falacioso. É certo que as máquinas têm uma capacidade imensamente maior que os seres humanos de memorizar os dados e relacioná-los entre si, mas compete ao homem, e só a ele, descodificar o seu sentido.
“Não se trata, pois, de exigir das máquinas que pareçam humanas; mas de despertar o homem da hipnose em que cai devido ao seu delírio de onipotência, crendo-se sujeito totalmente autônomo e autorreferencial, separado de toda a ligação social e esquecido da sua condição de criatura.”

O Papa escreve ainda na mensagem que "cada coisa nas mãos do homem torna-se oportunidade ou perigo, segundo a orientação do coração. Os sistemas de inteligência artificial podem contribuir para o processo de libertação da ignorância e facilitar a troca de informações entre diferentes povos e gerações. Por exemplo, podem tornar acessível e compreensível um patrimônio enorme de conhecimentos, escrito em épocas passadas, ou permitir às pessoas comunicarem em línguas que lhes são desconhecidas".

Ao mesmo tempo "podem ser instrumentos de «poluição cognitiva», alteração da realidade através de narrações parcial ou totalmente falsas, mas acreditadas – e partilhadas – como se fossem verdadeiras. Basta pensar no problema da desinformação que enfrentamos, há anos, no caso das fake news e que hoje se serve da deep fake, isto é, da criação e divulgação de imagens que parecem perfeitamente plausíveis, mas são falsas ou mensagens-áudio que usam a voz de uma pessoa, dizendo coisas que ela própria nunca disse. A simulação, que está na base destes programas, pode ser útil em alguns campos específicos, mas torna-se perversa quando distorce as relações com os outros e com a realidade".
Efeitos socialmente injustos da inteligência artificial

Segundo o Papa, "é importante ter a possibilidade de perceber, compreender e regulamentar instrumentos que, em mãos erradas, poderiam abrir cenários negativos. Os algoritmos, como tudo o mais que sai da mente e das mãos do homem, não são neutros. Por isso é necessário prevenir propondo modelos de regulamentação ética para contornar os efeitos danosos, discriminadores e socialmente injustos dos sistemas de inteligência artificial e contrastar a sua utilização para a redução do pluralismo, a polarização da opinião pública ou a construção do pensamento único".

A esse propósito, Francisco exorta a "Comunidade das Nações a trabalhar unida para adotar um tratado internacional vinculativo, que regule o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial nas suas variadas formas". "Entretanto, como em todo o âmbito humano, não é suficiente a regulamentação", sublinha.
Não reduzir as pessoas a dados

O Papa escreve em sua mensagem que "somos chamados a crescer juntos, em humanidade e como humanidade. O desafio que temos diante de nós é realizar um salto de qualidade para estarmos à altura de uma sociedade complexa, multiétnica, pluralista, multirreligiosa e multicultural. Cabe a nós questionar-nos sobre o progresso teórico e a utilização prática destes novos instrumentos de comunicação e conhecimento. As suas grandes possibilidades de bem são acompanhadas pelo risco de que tudo se transforme em um cálculo abstrato que reduz as pessoas a dados, o pensamento a um esquema, a experiência a um caso, o bem ao lucro, com o risco sobretudo de que se acabe por negar a singularidade de cada pessoa e da sua história, dissolvendo a realidade concreta numa série de dados estatísticos".

"Não é aceitável que a utilização da inteligência artificial conduza a um pensamento anônimo, a uma montagem de dados não certificados, a uma desresponsabilização editorial coletiva. A representação da realidade por big data (grandes dados), embora funcional para a gestão das máquinas, implica na realidade uma perda substancial da verdade das coisas, o que dificulta a comunicação interpessoal e corre o risco de danificar a nossa própria humanidade. A informação não pode ser separada da relação existencial: implica o corpo, o situar-se na realidade; pede para correlacionar não apenas dados, mas experiências; exige o rosto, o olhar, a compaixão e ainda a partilha."

A este propósito, Francisco pensa "na narração das guerras e naquela «guerra paralela» que se trava através de campanhas de desinformação". "Penso em tantos repórteres que ficam feridos ou morrem no local em efervescência para nos permitir ver o que viram os olhos deles. Pois só tocando pessoalmente o sofrimento das crianças, das mulheres e dos homens é que poderemos compreender o caráter absurdo das guerras", escreve ainda o Papa.

"A utilização da inteligência artificial poderá proporcionar uma contribuição positiva no âmbito da comunicação, se não anular o papel do jornalismo no local, antes pelo contrário se o apoiar; se valorizar o profissionalismo da comunicação, responsabilizando cada comunicador; se devolver a cada ser humano o papel de sujeito, com capacidade crítica, da própria comunicação", ressalta o Pontífice.
Construir novas castas baseadas no domínio informativo

Segundo o Papa, "a inteligência artificial acabará por construir novas castas baseadas no domínio informativo, gerando novas formas de exploração e desigualdade ou se, pelo contrário, trará mais igualdade, promovendo uma informação correta e uma maior consciência da transição de época que estamos atravessando, favorecendo a escuta das múltiplas carências das pessoas e dos povos, num sistema de informação articulado e pluralista. De um lado, vemos assomar o espectro de uma nova escravidão, do outro uma conquista de liberdade; de um lado, a possibilidade de que uns poucos condicionem o pensamento de todos, do outro a possibilidade de que todos participem na elaboração do pensamento".

“A resposta não está escrita; depende de nós. Compete ao homem decidir se há de tornar-se alimento para os algoritmos ou nutrir o seu coração de liberdade, sem a qual não se cresce na sabedoria.”

Esta sabedoria amadurece valorizando o tempo e abraçando as vulnerabilidades. Cresce na aliança entre as gerações, entre quem tem memória do passado e quem tem visão de futuro", conclui Francisco.

Conferir: Vastican News

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Convite do Nosso Futuro Pároco


No Próximo dia 30 de Janeiro do ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, às 19:00 horas, na cidade de Ilhéus-Bahia, na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Dom Giovanni Crippa, Bispo Diocesano, dará Posse Canônica como Pároco ao Revmo. Padre Gilvan Ivo, Presbítero nesta Diocese. Todos estão devidamente Convidados.

O Padre Gilvan estava como Reitor do Seminário Propedêutico São Jorge dos Ilhéus nomeado para esta função no dia 30 de dezembro de 2021, antes foi Pároco na Paróquia Nossa Senhora das Graças em Wenceslau Guimarães; também foi Pároco na Paróquia Nossa Senhora da Assunção em Camamu no Período de 2005/2006

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

COMUNICADO DO PADRE NILTON CONCEIÇÃO


No dia 31 de janeiro deste ano, o Bispo Diocesano de Ilhéus Dom Giovanni Crippa deu Posse em nossa Paróquia ao novo Pároco, o Padre Nilton Conceição. Infelizmente por motivos de problemas de saúde, como relatado (Foto Acima), ele terá que nos deixar e se tornar Vigário Paroquial na Paróquia Santo Antônio na Barra. 

 

PARABÉNS PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE GUADALUPE 20 ANOS DE DESAFIOS, HISTÓRIA E PRINCIPALMENTE VITÓRIAS NO ANUNCIO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO


Neste Sábado dia 16 de dezembro a Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Boa Vista em Ilhéus, comemora 20 anos de Instituição Canônica. Será o momento de fazer memória da Caminhada Evangelizadora e Celebrar os frutos que surgiram a partir da implantação da Paróquia.

Com duas décadas de muito trabalho, empenho e Fé esta Comemoração será um momento especial para relembrar que a Paróquia já enfrentou muitos desafios e que a história é de muito aprendizado e luta pela Fraternidade, Justiça Social e envolvimento com projetos maiores, que extrapolam os limites físicos da Paróquia.

São 20 anos de muitas conquistas e acima de tudo gratidão a Deus e a todos que fizeram e fazem parte desta História, ajudando na organização e construção da Paróquia com suas Comunidades e estruturas físicas.

 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

1º DOMINGO DO ADVENTO


Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

“Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos” (Sl 79/80)

Iniciamos o novo ano litúrgico celebrando neste domingo o primeiro do tempo do Advento. Como dissemos, com a celebração de hoje inicia-se um novo ano litúrgico para a Igreja, diferentemente do ano cível, o ano da Igreja termina na última semana do Tempo Comum e o novo ano inicia-se nas primeiras vésperas do primeiro Domingo do Advento.

O tempo do Advento visa a preparação para o Natal do Senhor (mistério da encarnação), e é um tempo de expectativa e preparação, por isso ao longo do tempo do advento não se canta o hino do Glória que volta na grande noite de Natal. A cor litúrgica usada ao longo desse tempo é o roxo, indicando um tempo de esperança, conversão penitência, reflexão e espera pela chegada do Senhor. A Igreja recomenda que todos os fiéis realizem a confissão sacramental ao menos duas vezes ao ano, uma em preparação à Páscoa e outra em preparação ao Natal do Senhor. Por isso, aproveitemos esse tempo para nos reconciliar com o Senhor e com o nosso próximo. Teremos em todas as paróquias os mutirões de confissões para proporcionar essa possibilidade a todas as pessoas.

Ao longo deste tempo do Advento somos convidados a seguir o exemplo de São João Batista e anunciar a todos que o Reino de Deus está próximo. Evangelizar os amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de comunidade, anunciando o amor de Deus por nós e convidando as pessoas a mudarem de vida. Do mesmo modo que São João Batista somos convidados a ser precursores, ou seja, preparar a vinda do Senhor com alegria.

Ao longo desse tempo do Advento nos depararemos com alguns personagens marcantes, que nos ajudarão a rezar e adentrar na espiritualidade desse tempo. São eles: Isaías, São João Batista, Arcanjo Gabriel e Nossa Senhora. Nos dois primeiros Domingos do Advento a liturgia tratará mais sobre a segunda vinda de Cristo e os dois últimos Domingos tratará sobre a primeira vinda.

O tempo do Advento vai até o 4º Domingo do Advento, e, neste ano até por volta das 15h celebra-se a liturgia do 4º Domingo do Advento e a partir das 15h celebra-se as primeiras vésperas do Natal e as várias missas do natal, em especial, a missa da noite de Natal. O Natal esse ano será na segunda-Feira, dia 25 de dezembro.

Preparando Natal vamos vivenciar com alegria e esperança esse tempo do Advento deixando-nos conduzir pela palavra e pelos sinais deste tempo.

A primeira leitura deste Domingo é do livro do profeta Isaías (Is 63,16b-17.19b;64,2b-7), Isaías começa exaltando a Deus como nosso Redentor, depois Isaías faz um lamento de como que Deus deixou o povo ficar por tempo longe de seu amor e de sua misericórdia. Mas, Deus fez isso por causa da dureza de coração do povo que se afastou do Deus de Israel e preferiu os ídolos. Como o Senhor é misericordioso, resgata esse povo e traz de volta para a terra de Israel.

Assim como todos os profetas, Isaías profetiza a vinda do Senhor, cerca de 400 anos a.C., e quando o Senhor vier julgará cada um de acordo com as suas obras e virá para salvar o povo de Israel de seus pecados e selar uma aliança eterna com todo o povo. Uma aliança que tempo nenhum irá destruir.

O salmo responsorial é o 79 (80), diz em seu refrão: “Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos”. O Senhor vem nesse Natal para iluminar as nossas trevas e abrir os nossos caminhos para o amor e a justiça. O Senhor espera que com a sua vinda nós possamos nos converter e deixar para trás aquilo que desagrada a Deus, praticando aquilo que agrada a Deus com certeza seremos salvos.

A segunda leitura é da primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 1,3-9), Paulo elogia a comunidade de Corinto, pois eles eram perseverantes no ensinamento transmitido pelo apóstolo e nutriam um amor mútuo uns pelos outros. O apóstolo inicia a carta com uma saudação conhecida de todos nós: “Irmãos, a vós, graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e de Nosso Senhor Jesus Cristo” (1Cor 1,3).

Para Paulo e para a comunidade, a segunda vinda de Cristo se daria de forma eminente, ou seja, seria logo. Mas, como o próprio Jesus disse quando esteve entre nós, somente o Pai sabe quando será esse dia. Então, não adianta querer ficar adivinhando quando será ou dizendo que está perto esse dia. Vivamos cada dia de uma vez e quando for o momento nos encontraremos com o Senhor. Mas, Paulo diz que a comunidade estava no caminho certo para o encontro com o Senhor. Ele é fiel e o desejo D’Ele é salvar todos nós.

O Evangelho desse Domingo é segundo Marcos (Mc 13,33-37), nesse Evangelho Jesus alerta aos discípulos dizendo para eles ficarem atentos, pois não se sabe o dia ou a hora da vinda do Senhor. Jesus pede aos discípulos e para nós hoje, que estejamos sempre vigilantes, pois não se sabe quando será o dia ou a hora. Essa vigilância devemos praticar amando o nosso próximo, praticando a justiça, a caridade, o perdão e o amor aos irmãos. Ou seja, ser vigilantes e fazer com que o Reino de Deus aconteça aqui na terra, para que depois o vivamos de maneira plena no céu.

A liturgia dos dois primeiros Domingos do Advento trata mais especificamente sobre a segunda vinda de Cristo e aquilo que se dará no grande dia da “parusia”, as leituras têm mais um caráter apocalíptico (o Senho virá). Nos dois últimos Domingos as leituras se voltam mais precisamente ao Natal, ou seja, tratam da primeira vinda de Nosso Senhor (Ele veio).

De certa forma ao longo do tempo do Advento vamos repetir a cada Domingo essa súplica: “Vinde, Senhor Jesus”. Pois, ao celebrarmos o Advento queremos suplicar a vinda do Senhor, seja o nascimento D’Ele em nosso coração ou suplicar o nosso encontro com Ele, em sua segunda vinda.

Celebremos com alegria esse primeiro Domingo do Advento e que pouco a pouco a luz do Senhor possa ir iluminando o nosso coração e a nossa vida. Do mesmo modo que a cada Domingo vamos acendendo uma vela da coroa do advento, e a luz vai dando lugar as trevas, que a nossa vida possa ser iluminada por essa luz e deixemos para trás as ações das trevas.